Vinculado à Elizabeth Medeiros Pacheco
Considerando os efeitos subjetivos decorrentes ou intensificados pela pandemia de COVID- 19 e seus desdobramentos sociosanitários, tais como ansiedade, tristeza, diminuição do tônus vital, propomos a constituição de dispositivos coletivos de cuidado e experimentação sensível, dirigidos aos estudantes, por meio da utilização das plataformas digitais. Tais dispositivos visam construir estratégias que engajem os estudantes numa relação ativa de cuidado consigo mesmos, com o grupo e seus participantes e com a comunidade mais ampla na qual se inserem. A aposta na dimensão coletiva do viver, por meio de proposições que abram as corporeidades a uma relação estética consigo mesmas e com o que/quem as toca e a clínica com seu fora – arte, a filosofia, as praticas somáticas – enseja criar dispositivos que simultaneamente operem práticas de cuidado não-psicologizantes e cartografias das paisagens sociosubjetivas emergentes no período de pandemia. No eixo axial entre pesquisa e extensão propomos uma interferência no território da Universidade e de seu corpo estudantil, visando produzir novos arranjos na relação entre corporeidades e tecnocentrismo digital. Em tempos de suspensão das atividades presenciais e de ruptura nas redes regulares de sociabilidade e sustentação existencial, propomos a constituição de estratégias coletivas e autogestivas de cuidado em saúde mental, fortalecendo os laços entre a comunidade universitária, e simultaneamente, por meio da dimensão investigativa presente nesta ação, subsidiar projetos e práticas de cuidado dirigidas a este segmento, assim como permitir uma aproximação às políticas de subjetivação em curso.
É possível, para os discentes, ingressar durante o período de atividades remotas? Sim
Há pré-requisitos que os discentes devem atender para ingressar no grupo? Se sim, quais? Como ingressar? Os discentes participantes do projeto foram selecionados por edital durante o mês de agosto foram contemplados 2 bolsistas e 7 voluntários. O universo abarcado por esta ação é o de estudantes da UFF de Niterói e Campos dos Goytacazes, considerando a inserção das docentes e a possibilidade de desdobramentos presenciais futuros, na constituição de uma ampla rede de cuidado aos estudantes da universidade, já iniciada em 2018 no Serviço de Psicologia Aplicada da UFF/Niterói, pelo acolhimento singularizado aos estudantes, iniciativa da qual participa parte da equipe deste projeto. Assim como pelo projeto O corpo sem álibi que vem reafirmando seus encontros desde setembro de 2014 com alunos da UFF Campos e recebendo bolsistas PROAES desde 2016. Os alunos matriculados na UFF Campos ou na UFF Niterói, sendo o público alvo do projeto, tem acesso à participação nas atividades propostas de acolhimento.